terça-feira, 6 de março de 2007

Doído recomeço

e, no recomeço, rasgo-me até a alma
para despir-me por completo
daquilo que me tira a calma
e me rejeita em desafeto...
sou tolo porque também erro
mesmo já vendo que erraram
aquelas que muito me levaram...
paixões em brazas de ferro
que me feriram e me marcaram...

Na medida certa

És uma ilha.
E eu, o mar que te rodeia,
A lamber com minhas ondas teus anseios
E, na maré, penetrando o vale quente de teus seios.
-Que eu te inunde com minhas águas!
E beba em teu umbigo mais do que beijos:
O infinito!
E que tu me bebas inteiro, devagar,
Como o degustar de um
Vinho fino.
Nem tão pouco, nem demais...